E se…?
Todos nós passamos por momentos em que consideramos cenários hipotéticos de “E se…?” ou “What if…? (termo conhecido por muitos)”.
Essas reflexões são, na verdade, uma parte comum das nossas vidas e desempenham um papel na nossa capacidade de tomar decisões ponderadas. Por outro lado, também nos motivam a fazer escolhas mais sensatas.
Além disso, tais reflexões ajudam-nos a pesar os prós e contras, a examinar diferentes aspetos das consequências de certas decisões e até mesmo a avaliar se estamos preparados para enfrentar determinadas circunstâncias.
No que diz respeito às finanças pessoais, criar um orçamento, planear poupanças, criar um fundo de emergência, diversificar fontes de rendimento, entre outros, proporcionam-nos melhores condições de segurança em cenários de perda de rendimento ou outros imprevistos.
Adicionalmente, elaborar um plano de ação é uma abordagem eficaz para reduzir a ansiedade e aumentar as hipóteses de sucesso.
Agora, vamos mergulhar numa série de artigos e explorar estratégias e considerações essenciais para enfrentar certos imprevistos.
Neste primeiro artigo, vamos apenas abordar aspetos práticos de organização pessoal.
Preparação e Organização Pessoal
Quais são os bens que deténs?
É crucial documentar e manter um registo atualizado dos bens que tu ou a tua família possuem, como imóveis, veículos, investimentos, poupanças e objetos de valor. Isso inclui a localização física dos bens, números de conta e outros detalhes relevantes, para facilitar a gestão em caso de imprevistos.
Quem são os teus beneficiários?
Identifica e mantém um registo dos beneficiários designados para os teus seguros, investimentos e outros bens.
Em casos como seguros, fundos ou outros, os beneficiários designados receberão os benefícios em caso de falecimento, incapacidade ou outra condição, de acordo com o contrato.
No entanto, é necessário garantir que esses beneficiários tenham acesso às informações necessárias, porque são os beneficiários que têm de acionar para receber os devidos direitos.
Que tutores tens designados para os dependentes?
Se tens dependentes a teu cargo, como filhos menores, familiares idosos ou pessoas com necessidades especiais, é fundamental designar tutores de confiança para assumirem essa responsabilidade em situações de perda de rendimento, incapacidade ou falecimento.
Documenta e comunica claramente quem seriam os tutores de confiança e fornece informações detalhadas sobre as necessidades e cuidados dos dependentes, assegurando que eles estejam preparados para assumir essas responsabilidades quando necessário.
Incluir tutores de dependentes na preparação é crucial para garantir que aqueles que dependem de ti sejam bem cuidados e protegidos em circunstâncias desafiadoras.
Quem são os tutores designados para os teus animais?
Para garantir o bem-estar dos teus animais de estimação em cenários de “E se,” como em caso de incapacidade ou falecimento do dono, é fundamental designar tutores de confiança para cuidar dos animais.
Documenta essa designação, pois ajudará a assegurar o bem-estar dos animais. Tal informação deve ser comunicada às partes envolvidas.
Segurança digital
Acede e organiza as senhas e informações de acesso de forma segura.
Utiliza um gestor de palavras-passe ou outra ferramenta segura para armazenar senhas e informações sensíveis.
Certifica-te de que alguém de confiança saiba como aceder a essas informações em caso de emergência.
Tens registada a localização de documentos importantes?
Mantém uma lista de documentos importantes, como testamentos, procurações, apólices de seguros, contratos e documentos de propriedade.
Indica onde esses documentos estão guardados fisicamente ou arquivados eletronicamente.
Pessoas de confiança e assessoria financeira
É prudente identificar pessoas de confiança, como familiares ou amigos próximos, que possam ajudar a tomar decisões financeiras em caso de incapacidade.
Além disso, considera falar com um consultor financeiro para orientação em relação ao planeamento financeiro em cenários de “E se.”
Efetuar um Orçamento
A criação de um orçamento é fundamental para para a organização financeira.
Em situações de perda de rendimento, um orçamento ajuda a entender as despesas e a criar planos de contingência realistas.
Conclusão
Preparar-se para cenários de “E se…?” envolve organização pessoal, documentação (instruções por escrito), identificação de recursos de apoio, planeamento financeiro sólido, entre outros.
Ao abordarmos esses aspetos práticos, é possível aumentarmos a segurança financeira e a capacidade de enfrentarmos imprevistos de maneira mais tranquila e eficaz.
No próximo artigo da série vamos mergulhar mais fundo e abordaremos outros aspetos de cenários de “E se”.
Entretanto, convidamos-te a ler o artigo Orçamento pessoal ou familiar – como criar
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